Lésbicas e trans falam sobre como é serem mães

No Dia das Mães nossa reportagem falou com três delas que integram famílias que se ainda não são convencionais ganham em amor

Publicado em 14/05/2017
Mães lésbicas e transexual falam como é ser mãe
Ana Lucia Lodi (à dir.) com a mulher e os dois filhos. Foto: Reprodução/Facebook

Neste domingo 14 celebra-se o Dia das Mães. Data que é adorada pelo comércio, pois é uma das que impulsionam as vendas no ano, mas que também é dia para reverenciar aquela pessoa que dá o melhor de si e se entrega, muitas vezes, à tarefa de criar um filho ou uma filha da melhor maneira possível.

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E mães, claro, não são apenas aquelas dos comerciais de margarina, cisgêneros e heterossexuais. Na vida real, elas são múltiplas e têm várias identidades de gênero e sexualidades. Nossa reportagem pediu para três delas - lésbicas e transexual - que nos definissem o que é ser mãe. Confira:

Pastora Alexya Salvador

"Ser mãe para mim é poder contemplar o amor em plenitude. Poder ser para os meus filhos o que minha mãe foi para mim, sendo acolhimento, segurança, orientação e família. Ser uma mãe transgênera, com um filho especial e uma filha transgênera é um desafio de amor incondicional e resistência nesta sociedade doente e hipócrita. Hoje posso experimentar o que há de melhor: o amor! É esse amor que me guia na construção diária da minha família, ensinando aos meus filhos o que o amor liberta e constrói pontes que o ódio não pode destruir. Somos uma família transafetiva com alicerces de amor. Desejo a todas as famílias, das mais variadas configurações, um feliz dia das famílias. Assim ninguém fica de fora da grande festa do amor. Deus abençoe todos e todas." Pastora Alexya Salvador.

Marilia Serra

 

 

 "Fui mãe num casamento com outra mulher que também sonhava em ser mãe. Somos mães de três lindos garotos e temos a maravilhosa missão de educá-los para ser gente, sabendo respeitar diferenças e semelhanças entre seres humanos, sem preconceitos e com amor. Parabéns a todas as mães - mães do ventre ou do coração - que, como nós, têm a felicidade de vivenciar o amor incondicional." Marilia Serra, 46 anos, servidora pública e vice-presidente da Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas - Abrafh.

 

Ana Lucia Lodia

 

 

 

 

 

 "Ser mãe lésbica não é diferente de ser mãe hétero. É trabalhosamente adorável! Talvez a única diferença seja que nossos filhos em 100% dos casos são muito amados, planejados e desejados, uma vez que não acontecem por 'acidente'..." Ana Lucia Lodi, empresária, 51 anos.

 


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