A jogadora Tiffany Abreu declarou ser a favor de uma cota para atletas transexuais no voleibol.
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Oposta do Vôlei Bauru, equipe que disputa a Superliga feminina de vôlei (o campeonato oficial brasileiro da modalidade), Tiffany tem sido criticada por causa da grande pontuação que faz nos jogos, o que mostraria uma vantagem por ter nascido e crescido pertencente ao sexo masculino.
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"Nós temos cotas para jogadoras estrangeiras e por que não uma cota para jogadoras trans?", disse Tiffany ao Globo Esporte. "Nós temos pontuação para uma jogadora olímpica e por que não uma pontuação para jogadoras trans? Se ela for boa o suficiente, vai ter a sua pontuação. Se ela não for boa, vai ter a sua cota."
A atleta não acredita em uma liga apenas para transexuais, como alguns defendem. "Não tem trans suficiente para jogar", disse. Ao lado da jogadora Tandara, do Osasco, Tiffany tem o recorde de maior número de pontos marcados em um só jogo pela Superliga, 39. Ela disputa o campeonato há dois meses.
A esportista trans ganhou o aval da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) em dezembro. Caso sua participação seja vetada um dia, Tiffany afirma que procurará outros meios de trabalho e que ajude aos semelhantes. "Se um dia mudar a lei, eu vou buscar uma forma diferente de trabalhar. Posso trabalhar com a comunidade trans, que necessita muito de alguém ali, com voz ativa, e como eu consegui essa voz, posso estar com as meninas que precisam."