A ex-mulher do atirador que matou 49 pessoas na boate Pulse diz que ele era gay e tentou impressionar o pai homofóbico.
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"Ele pode ter pensado que estava fazendo isso por seu pai - que ele ficaria orgulhoso dele por ter se livrado de tantos homossexuais no mês sagrado (do Ramadã)", disse Sitora Yusufly, separada há sete anos do assassino, ao programa Crime Watch Daily.
Para Sitora, Omar Mateen "definitivamente tinha uma vida secreta" e sempre disse "que gays são os maiores pecadores e não deveriam estar vivos".
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A mulher acredita que esse comportamento veio do pai, Seddique Mateen, que frequentemente menosprezava gay e insultava seu filho observando que ele não se comportava de maneira que ele não considerava totalmente masculina.
Omar Mateen abriu fogo na boate, em Orlando, Estados Unidos, na madrugaga de 12 de junho. Ele matou 49 pessoas e feriu outras 53 antes de ser morto pela polícia, após um cerco que durou por volta de três horas à boate. De frequência arco-íris, a grande maioria dos mortos no clube foi de LGBT.
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Enquanto estava cercado, Mateen fez ligações para a polícia e em uma delas jurou fidelidade ao Estado Islâmico. Para Sitora, ele não tinha ligações com o grupo terrorista. "Eu soube imediatamente que era absurdo. Eu conhecia Omar".
Sitora diz que o lado obscuro do marido veio à tona um mês após o casamento quando ela passou a ser fisicamente e verbalmente. Seus pais viajaram de Nova Jersey para a Flórida para resgatá-la. Ela saiu de casa sem nenhum dos pertences, descobriu que estava grávida e teve um aborto.
Apesar da gravidez, ela acredita que o ex-marido era gay "porque ele nunca foi sexualmente interessado... não havia nenhuma ligação sexual entre nós".
Além disso, Omar possuía perfil em aplicativos gay e frequentava a boate. "Não há outras maneiras de explicar tantos apps e visitar clubes, dançando com homens gays e confiando neles", disse.