Morreu aos 59 anos, na quinta-feira 8, The Lady Chablis, transexual que foi uma precursora em Hollywood.
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Chablis era figura conhecida do Club One, em Savannah, no Estado norte-americano da Geórgia, no qual fazia shows de transformismo, quando alcançou fama internacional ao ganhar um papel no longa Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal (1997).
No filme dirigido por Clint Eastwood e rodado na cidade natal de Chablis, a transexual interpreta ela mesma e é testemunha-chave do assassinato que move a trama, baseada no best seller homônimo de John Berendt.
De acordo com o The Guardian, Chablis foi a primeira transexual a ter um papel em um filme de grande orçamento nos Estados Unidos. Mereceu destaque também porque seu papel não a colocava como uma pessoa com problemas mentais ou em situações ridículas, como boa parte das pessoas trans era retratada até então em Hollywood.
Chablis ainda fazia performances eventuais no Club One, apesar de morar já há alguns anos na Carolina do Sul. Em sua página no Facebook, o estabelecimento louvou a artista e anotou o lado benemérito de Chablis, que doou grandes quantias à Associação de Diabetes dos Estados Unidos.
A atriz Laverne Cox, publicou em sua conta no Instagram (imagem abaixo), uma homenagem a Chablis. Ela lembra que deu voz à mesma personagem na versão do audiobook da história e disse que ficou fascinada quando conheceu o trabalho da atriz nas telas "vendo uma mulher negra trans em um grande filme de Hollywood detonando".
Ao programa Entertainment Tonight, em 1996, Chablis disse que alterou seu nome legalmente para refletir o nome artístico pelo qual era conhecida há muito tempo, incluindo o artigo "The".
