A dentista evangélica Isildinha Muradas queria dar palestra sobre "Como prevenir e reverter a homossexualidade", na Igreja Batista Getsêmani, de BH. O que ela ganhou? Vomitaço no seu perfil no Facebook e indicação de vários processos na Justiça criminal e cível.
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A movimentação começou na manhã da terça 22 nas redes sociais. Diversas pessoas denunciavam a palestra, marcada para a quinta 24, e já criticavam a pastora Isildinha no perfil dela. A pressão surtiu resultado. Horas depois, o evento mudou de nome para "Orientando Pais sobre a Sexualidade dos filhos". Mas não adiantou, pois os comentários negativos continuavam. Em seguida, Isildinha, que também é pastora, suspendeu a própria página no Facebook.
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Entretanto, a dor de cabeça da pastora não vai apenas continuar como se agravar. No primeiro post, ela se apresentava como psicopedagoga. Entretanto, a Associação Brasileira de Psicopedagogia Seção Minas Gerais, em nota, afirmou que a religiosa não pertence aos seus quadros e que a instituição é contra qualquer tipo de discriminação.
A presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-MG, Juliana Lobato, explicou ao Guia Gay BH que articula para que Isildinha seja processada por exercício ilegal da profissão. E não só.
"Vamos acionar, por meio do Ministério Público, tanto a palestrante quanto a igreja no âmbito criminal e cível, o que pode gerar multa e outras sanções. Além da questão de se autointitular como psicopedagoga, ela violou importantes princípios constitucionais, tais como a dignidade da pessoa humana e a isonomia de direitos."
Ao site O Tempo, o pastor Atilano Muradas, marido de Isildinha, apresentou explicações. "O primeiro erro se refere ao tema. Não há nada de homofóbico. Na verdade, a palestra tem como tema: 'Orientação ao pais sobre a sexualidade dos seus filhos'. O segundo erro se refere a profissão da doutora, falaram que ela é psicopedagoga, quando na verdade ela é odontopediatra."
O religioso disse não saber se os equívocos foram feitos por alguém de sua equipe ou se houve ação de hackers.
