Bolsonaro tentou apagar iluminação arco-íris do Congresso

Presidente ligou para Davi Alcolumbre para encerrar ação de ativistas LGBT

Publicado em 28/06/2022
Congresso Nacional nas cores do orgulho LGBT
Em 2020, Congresso foi iluminado pela primeira vez. Foto: Bruno Cavalcanti

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou apagar a iluminação que o Congresso Nacional recebeu nas cores do arco-íris, em 2020.

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Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, Bolsonaro ligou na manhã de 29 de junho a Davi Alcolumbre (União-AP), então presidente do Senado.

Bolsonaro estava irritado e queria que Alcolumbre tirasse a iluminação inaugurada na noite anterior em celebração ao Dia Mundial do Orgulho LGBT.

O presidente do Senado explicou que a ação foi feita a pedido do também senador Fabiano Contarato (PT-ES) e que não poderia tirar.

A iluminação nos tons do arco-íris foi algo inédito no Congresso em 2020. A ação foi idealizada pelo sócio do Guia Gay e cocoordenador do Brasília Orgulho, Welton Trindade, e pelo empresário Igor Albuquerque, da produtora Crewza. A iniciativa foi pensada para substituir a Parada do Orgulho LGBTS de Brasília, que é realizada em frente ao Congresso e naquele ano não pôde ser organizada por causa da pandemia.

Os dois tiveram ajuda do assessor parlamentar e ativista LGBT Eliseu Neto e conversaram com a assessoria de Contarato. Ele enviou ofício à presidência para que a iluminação fosse autorizada. Um outro ofício, do deputado federal David Miranda (PDT-RJ), também se juntou ao pedido.

A ação foi paga por uma vaquinha realizada por Welton junto a ativistas LGBT do País.

Este ano, o Congresso recebeu pela terceira vez a iluminação, assim como o prédio do Supremo Tribunal Federal. Dos três poderes, apenas o Palácio do Planalto, onde fica Bolsonaro, não está celebrando o orgulho LGBT.

 

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