Mais da metade (57%) dentre os que declaram homossexuais, bissexuais e de outras orientações sexuais diferentes da heterossexualidade disseram que votarão em Fernando Haddad (PT) para presidente da República.
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Pela primeira vez, o Datafolha questionou a orientação sexual dos entrevistados em pesquisa de intenção de voto para o cargo máximo do País.
Ainda dentre esse grupo, 29% responderam que votarão em Jair Bolsonaro (PSL), 7% votarão nulo ou branco (o índice é de 9% dentre héteros) e 6% não sabem em quem votar (o índice é de 5% dentre héteros).
Dos 9.173 entrevistados em 341 municípios entre 24 e 25 de outubro, 86% se declararam heterossexuais, 3% homossexuais, 2% bissexuais, 2% de outras orientações sexuais e 6% não responderam esta questão.
De todos os que disseram não ser héteros, 89% dizem estar decididos sobre o voto e 11% ainda podem mudá-lo.
A rejeição de Bolsonaro, que dentre héteros é de 42%, sobe para 62% dentre os não-héteros; Haddad tem rejeição de 31% dentre não-héteros e 55% dentre héteros.
No primeiro turno, Haddad foi o mais votado dentre homo, bissexuais e de outras orientações que não a hétero. O petista foi votado por 36% de pessoas desse grupo. Ciro Gomes teve 19%, Bolsonaro foi votado por 7,21%, Geraldo Alckmin (PSDB) ganhou 6%, e 7% votou em branco ou nulo.
A pesquisa foi contratada pela Folha de S. Paulo e TV Globo e a margem de erro no recorte por orientação sexual é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.