Um grupo de ativistas gays deteve e entregou para a polícia homem que seduzia e extorquia usuários de banheiros em shopping center de Caracas, na Venezuela.
Integrantes da ONG Gênero e Consciência receberam denúncias da armadilha e foram ao local. Em pouco tempo, o acusado, Ricardo José Vasquéz, conhecido como Negro, os abordou.
O ativista Moisés Gálvez detalhou o episódio ao site O Cooperador.
"Chegamos ao shopping center. Três dos nossos foram ao banheiro. O homem então se ofereceu sexualmente a dois deles. Eles resistiram à extorsão e, por legítima defesa, o detiveram até que os seguranças do lugar e os policiais aparecessem."
A ONG informa ter já relatos de 11 vítimas do Negro, que se passava por policial para chantegear os homens. Sua artimanha era dizer que ou recebia o dinheiro ou iria prender a pessoa.
Em um dos casos mais violentos, um heterossexual saiu do banheiro para fugir da ação. Nas escadas do edifício, o acusado e integrantes do grupo de trabalhadores do shopping center tiraram a roupa da vítima e exigiram pagamento.
Por esse caso, a organização social desconfia tratar-se de quadrilha organizada justamente para aplicar esse tipo de golpe.
Moisés explica que a homofobia é algo que favorece a existência desse tipo de crime.
"As pessoas têm medo serem expostas como homossexuais, assim não veem outra saída que não aceitar a extorsão."