O arco-íris continuará representado na Câmara dos Deputados a partir de 2023: duas transexuais, uma bissexual, um gay e uma lésbica foram eleitos no domingo 2.
Saiu um marco histórico das urnas: Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (Psol-SP) serão as primeiras deputadas federais trans da história do Brasil.
Duda, 41 anos, foi a vereadora mais votada em BH em 2020. Sua campanha foi marcada por suas denúncias de ameaças de morte. A professora chegou a pedir para que o eleitorado votasse nela para, assim, ter segurança federal para sua família. Agora, Duda recebeu 208.332.
Erika, 26 anos, um dos principais nomes do Psol em São Paulo, conseguiu 256.903 votos. Com isso, ela deixará o cargo de vereadora da capital paulista, para o qual foi uma das mais votadas em 2020.
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Outro nome que comporá o rol de parlamentares federais a partir de fevereiro de 2023 é o da vereadora Daiana Santos (PCdoB), do Rio Grande do Sul. Ela é lésbica, tem 40 anos e conseguiu 88.107 votos.
Também de Minas Gerais tem a bissexual Dandara. A petista de 28 anos já tinha feito história por tersido, há dois anos, a candidata mais votada para a Câmara Municipal de Uberlândia.
Ela chegará ao parlamento federal por conta de 86.034 votos.
Vem de Pernambuco o quinto nome: Clodoaldo Magalhães (PV). Com 110.620 votos, o político gay encerra quatro mandatos como deputado estadual.
*Reportagem foi atualizada em 4 de outubro para incluir Clodoaldo Magalhães.