Ex-integrante do programa Pânico, Erick Ricarte diz que sofreu com discriminação dos outros integrantes da atração.
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"De fato, eu sou gay, nordestino e gordo, mas no ar eles pegavam muito pesado. Eu tentava levar na esportiva", contou Ricarte ao Notícias da TV.
Ricarte trabalhou, entre 2014 e 2016, tanto na versão televisiva da atração (que foi extinta), na Band, quanto na radiofônica, na Jovem Pan.
Ele diz ter sido vítima de "ataques homofóbicos, xenofóbicos e gordofóbicos".
"Quando eu saí, o Pânico já estava ladeira abaixo. Hoje, é um programa que ninguém mais lembra que existe, ninguém comenta, ninguém quer fazer parte. Eles perderam muito o foco e a notoriedade, não tem mais o respeito do público."
Ricarte diz que chegou a pensar em processar o programa por direitos trabalhistas. Nos dois anos em que esteve no ar, o humorista ganhava apenas ajuda de custo de R$ 1.500, que ele diz que dava apenas para pagar o aluguel.
Ele foi demitido no ar e sequer pôde voltar a entrar na rádio para pegar as suas coisas. Deprimido, passou a usar remédios controlados e engordou 20 quilos.
Ricarte conta que uma das maiores decepções foi Emilio Surita que o tratava como filho e depois deixou de falar com ele.
Agora, o ator de 27 anos deu a volta por cima. Ele foi contratado pela TV Atalaia, afiliada da RecordTV em Sergipe, e apresenta A Hora do Venenoso, versão local do quadro que a jornalista Fabíola Reipert faz com sucesso na emissora em São Paulo.