A família do estudante de um colégio de elite de São Paulo que se suicidou processará os pais de quatro alunos.
O jovem de 14 anos era gay, negro e bolsista do Colégio Bandeirantes, fundado em 1944 na Vila Mariana, bairro de classe média alta da capital paulista.
Ele tirou sua própria vida em 12 de agosto após inúmeros episódios de bullying, racismo e homofobia por alunos da escola.
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De acordo com o Diário do Centro do Mundo, além dos pais dos estudantes, a família também entrará com ação na Justiça contra o colégio e a ONG Ismart, que seleciona jovens de baixa renda para estudar em escolas particulares.
Os quatro adolescentes são investigados por prática de ato infracional análogo ao crime de injúria. O Código Civil Brasileiro diz que os pais são responsáveis por atos infracionais cometidos por filhos menores de 18 anos.
Se o ato infracional for confirmado, os jovens poderão ter de cumprir medidas socioeducativas, tais como internação na Fundação Casa por até três anos ou prestação de serviços à comunidade.
A entidade e o colégio serão processados por não terem tomado medidas adequadas para proteger o estudante, afirma o advogado da família.
O inquérito é conduzido pelo 23º DP (Perdizes).
Assim que a morte se tornou pública, a instituição declarou que ela se deu fora das dependências do colégio e que prestaria assistência à família e aos colegas impactados.
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