A sigla de letras sem fim começa a perder espaço. No lugar de versão 2023 do acrônimo LGBTQIAPN+, importantes paradas, a mídia e organizações passam a usar LGBT+.
Um dos coletivos que há mais tempo usam essa opção para se referenciar à comunidade arco-íris é a VoteLGBT, que tem foco em eleições e na articulação de parlamentares representantes da diversidade de orientação sexual e identidade de gênero.
Ao menos desde 2020, a sigla usada em sua comunicação e estudos é LGBT+.
Outro importante agrupamento que resistiu a modismos sem fundamento nessa área é a Associação do Orgulho LGBT de São Paulo.
Ainda em 2021, a parada da capital paulista adotava a sigla LGBT. Desde 2022, o sinal de adição foi adicionado como forma de abarcar outras identidades além das quatro históricas que integram o ativismo e realmente atuam desde a década de 1980.
Neste ano, a parada ativista realizada em Salvador pelo Grupo Gay da Bahia usará pela primeira vez a sigla LGBT+. Em edições anteriores, foram grafadas outras versões da soma de letras.
O jornal Folha de S. Paulo e outros veículos de imprensa também têm usado com mais frequência LGBT+ em reportagens sobre a temática.
A volta às mais novas raízes do movimento ganhou neste mês até espaço institucional. Parlamentares homo, bi e trans do Brasil criaram frente com o nome LGBT+.
A sigla cada vez mais estentida tem tido pouca resistência frente a críticas, tais como as mudanças a cada ano, a dificuldade de falar um acrônimo de letras, a inclusão de identidade inexistente (queer), a repetição de orientação sexual (pansexualidade e bissexualidade são a mesma coisa) e o n de não-binário já estar dentro da letra t.
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