Dezenas de candidaturas foram impugnadas no México. Grupos ativistas e autoridades denunciam que há falsos gays, lésbicas e transexuais dentre aqueles que concorreram nas eleições gerais do país no último domingo 2.
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Há "ações afirmativas" nas eleições que exigem dos partidos cotas para grupos considerados vulneráveis. Segundo a imprensa local e internacional, também há falsos indígenas e deficientes, por exemplo, mas a comunidade LGBT é um caso mais espinhoso.
"É uma questão tão sensível e privada" (a sexualidade e a identidade de gênero) que "é difícil questionar", explicou o presidente-conselheiro do Instituto Eleitoral de Michoacán, Ignacio Hurtado, à Agência France-Presse.
Neste estado especificamente foram apresentadas objeções a 26 candidaturas da cota LGBT. Mas especula-se que há outras dezenas pelo país.
No caso da diversidade sexual, rege o princípio da "simples autoatribuição", ou seja, "basta que eu me reconheça como parte da diversidade”, acrescenta Hurtado. Mas então "como se diz 'não é verdade'? É uma linha muito tênue", pondera.
No último domingo, o México elegeu presidente, congressistas, governadores e mais de 20 mil autoridades locais.