Homofobia na padaria: mulheres podem pegar 10 anos de prisão

Denúncia do Ministério Público é relativo a caso ocorrido em fevereiro no centro de São Paulo

Publicado em 02/05/2024
Jaqueline Ludovico: homofobia na padaria contra casal gay
Jaqueline foi filmada agredindo verbal e fisicamente o casal

Duas mulheres envolvidas em agressão contra um casal gay em uma padaria de São Paulo podem ser condenadas a pelo menos 10 anos de prisão.

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O Ministério Público de São Paulo denunciou por injúria racial Jaqueline Santos Ludovico e Laura Athanassakis Jordão.

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Elas são acusadas de cometerem homofobia dentro da padaria Iracema, em Santa Cecília, região central da capital paulista, contra Adrian Filho e Rafael Gonzaga.

O caso aconteceu no início de fevereiro e vídeos de Jaqueline gritando no estabelecimento viralizaram nas redes sociais.

"Eles são veados e eles podem fazer o que eles querem (...) e tá achando que eles podem fazer o que querem, por que dá o cu (...) E os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional e tenho educação, diferente dessa porra aí", diz Jaqueline em um dos vídeos.

Segundo depoimento do casal à polícia, ela teria começado a confusão ainda no estacionamento da padaria ao se recusar a sair de uma vaga para que os dois estacionassem seu carro. Lá mesmo, ela atirou um cone em direção ao casal e os chamou de "veados". Dentro do local, ela agrediu fisicamente os rapazes.

O MP considerou que Jaqueline também cometeu lesão corporal, ameaça e vias de fato, por isso, se condenada, sua pena pode chegar a 12 anos. Para Laura, amiga que ainda não havia sido citada pela imprensa, a pena é de 10 anos por homofobia.

"Espera-se que o presente caso, que ganhou atenção midiática, sirva de lição pedagógica a todos os homotransfóbicos ainda existentes: LTGBTfobia é crime e não tem qualquer lugar na sociedade democrática brasileira", afirmou o advogado do casal, segundo O Globo.

À época dos fatos, a defesa de Jaqueline afirmou que ela estava em "situação de vulnerabilidade", que "há duas versões para a história" e que ela estava sofrendo "linchamento virtual". A publicação não conseguiu contato com os advogados das acusadas.

 

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