A cartunista Laerte Coutinho ganhou processo contra o jornalista Reinaldo Azevedo, a revista Veja e a rádio Jovem Pan. Eles foram condenados a lhe pagar indenização no valor de R$ 100 mil.
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Segundo o advogado e ativista LGBT Paulo Iotti, que representou a artista junto às também advogadas Marcia Rocha e Ana Carolina Borges, Azevedo publicou coluna na revista semanal atacando moralmente Laerte.
O jornalista a chamou de "baranga moral", "fraude do gênero", "falsa senhora" e "homem-mulher", dentre outros termos ofensivos, após Laerte publicar uma charge ironizando os apoiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A arte mostrava essas pessoas usando camisas da CBF e abraçando policiais com, ao fundo, sangue deixado por chacina recente atribuída pela mídia à Polícia Militar.
"Fomos acusados pelas defesas de 'descontextualizar' a fala (!)", escreveu Iotti em sua página no Facebook. "Eu queria entender em que 'contexto' expressões como 'baranga moral' (sic) e afins não teriam o intuito de ridicularizar e humilhar moralmente a pessoa. E felizmente o juiz do caso teve o mesmo entendimento."
A rádio foi processada por Azevedo ter se referido à cartunista da mesma maneira, e empregadores, de acordo com o advogado, são responsáveis por atos de seus empregados e funcionários.
Laerte doará a quantia à associação Mães pela Diversidade, formada por mães e pais de LGBT que lutam contra a discriminação dos arco-íris. Os réus ainda podem recorrer.