Lésbicas e bissexuais são mais expulsas da escola que héteros

Pesquisadores conversaram com 5 mil estudantes e seus pais nos EUA

Publicado em 08/04/2018

Lésbicas são mais expulsas das escolas, diz pesquisa

Garotas lésbicas e bissexuais têm mais probabilidade de serem suspensas ou expulsas da escola.

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Essa é uma das conclusões da pesquisa realizada com cerca de 5.000 jovens norte-americanos e seus pais pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e chamada Estudo Sobre Famílias Frágeis e Bem-Estar da Infância.

O autor do estudo, Joel Mittleman, estima que apenas 38% dessas punições sejam explicadas pelo comportamento das estudantes. Os demais 62% ele acredita que venham de atitudes dos professores e funcionários das escolas.

Uma teoria, diz o professor ao Union Bulletin, é que a equipe escolar perceba as garotas lésbicas e bissexuais como mais ameaçadoras especialmente dentre as que apresentam um modo mais "masculino" de comportamento.

Se uma estudante lésbica ou bissexual, por exemplo, reportar aos supervisores e direção a respeito de bullying que tem sofrido, não é incomum, segundo o autor do estudo, que a culpa recaia nela mesma e seja rotulada como agressora e indisciplinada. Nos colégios que contam com patrulhas policiais, elas, as vítimas, podem, inclusive, parar na prisão.

"Parte disso tem a ver com o que significa ser uma boa mulher ou uma boa menina", explica, à reportagem, Danni Askini, diretora-executiva da Liga da Justiça de Gênero, entidade sediada em Seattle que trata de questões de sexualidade e gênero.


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