Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais têm passado mais fome do que aqueles que não são LGBT nos Estados Unidos.
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Participantes de estudo foram questionados, dentre outros pontos, sobre a quantidade disponível de alimentos em suas casas nos sete dias que antecederam a entrevista.
A resposta: 13,1% dos adultos LGBT vivem em domicílios onde "às vezes não há o suficiente para comer" ou "muitas vezes não há o suficiente para comer". Em comparação, 7,2% de indivíduos héteros e cisgêneros deram as mesmas respostas.
O estudo também constatou que 36,6% dos adultos LGBT enfrentaram dificuldade para pagar "despesas domésticas habituais" na última semana, cerca de 10 pontos percentuais a mais do que não-LGBT.
No segmento arco-íris, 19,8% contaram morar em casa em que houve "perda de renda do emprego nas últimas quatro semanas". A mesma resposta foi dada por 16,8% de quem não é LGBT.
Aproximadamente 8% dos adultos LGBT que alugam ou possuem uma hipoteca ou empréstimo disseram estar "nada confiantes de que sua família será capaz de fazer o próximo pagamento de moradia dentro do prazo", o que é um pouco mais alto do que os 6% dos demais.
A pesquisa entrevistou cerca de 64 mil pessoas adultas entre 21 de julho e 2 de agosto e foi realizada pelo censo nacional norte-americano.
Vice-presidente sênior de programas, pesquisa e treinamento da ONG LGBT Human Rights Campaign, Jay Brown afirmou, em comunicado, que o estudo reitera que pessoas LGBT suportam desproporcionalmente o peso das dificuldades econômicas, da insegurança alimentar ao desemprego.
"Essa disparidade é alimentada ainda mais pela pandemia da covid-19", ele diz, já que a comunidade LGBT "tem mais probabilidade de trabalhar em empregos de linha de frente, ter suas horas cortadas e enfrentar discriminação no emprego e em moradia."