A gerente de supermercado Tatiana Lozano Pereira, de 32 anos, confessou ter matado o próprio filho, Itaberli Lozano, de 17 anos, em Cravinhos, interior de São Paulo.
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Segundo o tio paterno do adolescente, Tatiana não aceitava a homossexualidade do rapaz. "A mãe dele não aceitava e a gente já desconfiava, porque ela não quis prestar queixa", disse Dario Rosa ao G1. "Acho que a mãe tem que cuidar do filho e não fazer o que ela fez. Ele era um rapaz que trabalhava, era educado, era um menino, mas estava na fase de trabalhador."
O corpo de Itaberli foi encontrado carbonizado em um canavial. Tatiana disse tê-lo matado a facadas após uma discussão. Depois, o padrasto do jovem, o tratorista Alex Pereira, de 30 anos, confessou ter levado o corpo até o canavial e o incendiado.
Os dois estão presos. O advogado defesa vai pedir habeas corpus alegando que o crime foi cometido em legítima defesa. Eles alegam que a mãe tentou se defender do filho, ao ser ameaçada por ele.
Segundo o tio, após muitas brigas com a mãe, Itaberli foi morar com ele e com avó paterna em 27 de dezembro. Dois dias depois, o adolescente recebeu uma ligação de Tatiana e voltou para casa. Desde então, não foi mais visto.
"Chegou um carro em casa, ele entrou e saíram. Depois disso, minha mãe foi até a casa dele e perguntou. A mãe [Tatiana] disse que não sabia e falou que ele poderia estar morando na casa de algum amigo, tentando desviar a investigação', disse o tio, que acredita que o crime foi motivado por homofobia.
Tatiana afirma que o filho andava muito agressivo e envolvido com drogas, o que o tio nega. Para ele, mais pessoas estão envolvidas no assassinato. "O crime foi premeditado porque a mãe dele estava muito tranquila e, assim que fizemos a queixa, ela começou a ter um comportamento diferente. Queremos que seja feita justiça. Se realmente foi ela, vai ter que pagar e os demais que estão envolvidos também", disse.