McDonald's é condenado a pagar R$ 15 mil por homofobia

Vítima diz ter sido chamada de 'sapatão' e quase agredida fisicamente

Publicado em 07/02/2022
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Para o McDonald's, a autora da ação quis se beneficiar das leis e 'obter indenização'

A Justiça de São Paulo condenou o McDonald's a pagar R$ 15 mil por homofobia em processo movido por uma cliente.

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A frentista L.J.S., de 21 anos, estava acompanhada de uma amiga e comprou lanche na unidade que fica dentro do Hipermercado Extra, na Penha, zona leste da cidade, em fevereiro de 2021.

Na ação, ela relatou o que ouviu de uma funcionária: "Em tom de deboche, ela começou a gritar: 'Sapatona, sapatona, sapatona'."

Além dos insultos, a funcionária do restaurante teria tentado agredi-la com socos e pontapés, mas foi contida por pessoas que estavam no local.

De acordo com o UOL, a frentista afirmou, no processo, que foi "humilhada perante os demais consumidores e funcionários e que carregará pelo resto de sua vida o trauma psicológico".

Em sua defesa, a cadeia de fast-food disse que L.J.S. foi ao local para proferir ameças à funcionária, que não estava em horário de trabalho e reagiu às investidas sofridas.

Para o McDonald's, foi uma tentativa da autora da ação de se beneficiar das leis e "obter indenização".

A rede não apresentou as imagens das câmeras, pois o disco rígido estaria queimado.

O juiz Adilson Aparecido Rodrigues Cruz considerou que os fatos relatados pela jovem são incontroversos e que houve motivação homofóbica, "ou seja, a lesão a honra tão somente pela orientação sexual da autora".

O magistrado determinou pagamento de R$ 15 mil de indenização por dano morais - o pedido foi de R$ 55 mil.

O McDonald's vai recorrer.


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