Moradores de rua relatam terem sido alvo de homofobia por parte de pesquisadores contratados pela Prefeitura de São Paulo.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) coordena censo para saber quantas pessoas vivem em situação de rua na capital paulista e uma das perguntas é sobre a orientação sexual da pessoa.
À Folha de S.Paulo, o presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, Robson Mendonça, afirmou que há pessoas sendo abordadas nas calçadas e barracas de forma ríspida.
"Perguntam se é veado ou gostam de mulher. Com isso, muitos têm se recusado a participar da pesquisa", disse à reportagem.
A pesquisa é feita pela Qualitest Ciência e Tecnologia Ltda, que assinou contrato de R$ 1,7 milhão em setembro para entregar o censo em janeiro.
A Smads afirmou, em nota, que "discriminação, preconceito e homofobia constituem práticas criminosas que devem ser denunciadas, investigadas, punidas e banidas em definitivo".
A pasta disse que entraria em contato com a Qualitest para tomar medidas cabíveis a respeito de qualquer irregularidade.
No último levantamento, de 2019, 4,6% da população de rua se declarou homossexual; 3,4% bissexual; 1,5% mulher transexual; 0,9% travesti; e 0,5% homem transexual.
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