Um assassinato ocorrido em Campo Grande (MS), em 8 de maio, começa a ser esclarecido e teve a homofobia como um de seus motivos. Apesar de, desta vez, ao contrário do que costumamos noticiar, a vítima ser o homofóbico.
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Kátia Regina de Castro, de 42 anos, confessou ter assassinado o marido, Givaldo Domingues da Silva, 44, após uma discussão iniciada por causa da orientação sexual do flho.
Segundo o jornal Correio do Estado, Kátia afirmou que o marido não aceitava a homossexualidade do filho, um adolescente de 15 anos, e disse várias vezes que preferia um filho morto do que um filho gay.
No dia do assassinato, o garoto estava em um treino esportivo quando o casal começou a discutir. O servidor público exigia uma atitude da mulher a respeito do jovem, que havia se assumido homossexual.
Após agressões verbais, Givaldo partiu para a violência física. De acordo com Kátia, ele a segurou por trás e apertou seus ombros. A mulher pegou uma faca e desferiu vários golpes contra o marido.
Para se livrar do corpo, a mulher o colocou em um carrinho de mão, pôs no carro forrado com plástico e o deixou às margens da rodovia BR-262, onde foi encontrado três dias depois.
A polícia suspeitou de Kátia após, por câmeras, ver uma mulher abandonar a motocicleta de Givaldo. Depois, pediu apreensão do carro da família e identificou - por luminol - resquícios de sangue no veículo.
Na terça-feira 23, Kátia se apresentou à polícia e entregou a arma do crime. A mulher responderá por homicídio doloso e ocultação de cadáver em liberdade por ter residência fixa e bons antecedentes.