Um candidato a prefeito no México denunciou que estava sendo obrigado a se registrar como gay para cumprir cota do partido.
Ernesto Bernal, contou à mídia local que o Partido Encontro Solidário (PES) havia condicionado sua candidatura à prefeitura da cidade de Tlaxcala a ele se fingir ser homossexual.
No último dia 15, Bernal foi à sede do partido buscar seus documentos para poder tentar o pleito por outro partido, mas o dirigente da legenda, Alejandro Martínez Hernandéz, se negou a lhe fornecer a documentação.
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"[Alejandro Martínez Hernandéz] me disse ou sou mulher ou me declaro como gay para ter uma candidatura. Me insultou. Minha esposa reclamou e o filho dele começou a brigar", contou Bernal.
O PES se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à adoção por homossexuais e foi contra a proposta que estabeleceu ações afirmativas (cotas) de diversidade no México. No entanto, quando implementadas, afirmou que iria cumpri-las.
No país, as eleições federais de junho serão as primeiras com cotas obrigatórias para LGBT. Além disso, em alguns Estados, também há essa determinação, caso de Tlaxcala, cuja capital tem mesmo nome.