O pastor que rezou para que Paulo Gustavo morresse foi condenado pelo crime de homofobia a dois anos e nove meses de prisão em regime aberto.
A decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, anunciada na quarta-feira 27, converteu a pena em pagamento de 30 salários mínimos - que serão revertidos para entidade local de apoio a LGBT - e prestação de serviço à comunidade.
Em abril de 2021, enquanto o ator estava internado em estado crítico por contaminação da covid-19, o pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus, publicou foto de Paulo e escreveu estava orando para que "o dono dele o leve para junto de si".
Após a postagem repercutir negativamente, o religioso a apagou e se desculpou. Ele disse que tentou "defender a honra de meu Deus" e chamou sua publicação de "sandice".
Paulo Gustavo faleceu em 4 de maio de 2021, no Rio de Janeiro, por complicações da covid-19.
"No caso em apreço, diante das evidências existentes nos autos, da foto escolhida para a postagem e do reconhecimento nacional do qual gozava o ator, inclusive por seu engajamento na pauta da comunidade LGBQTIA+, o tom discriminatório é cristalino, motivo pelo qual resta demonstrada que a conduta preconceituosa foi feita em virtude da orientação sexual do senhor Paulo Gustavo", disse o juiz Ygor Vieira de Figueirêdo, em sua decisão.
José Olímpio pode recorrer em liberdade.