Possível indicado a ministro do STF compara união gay a zoofilia

Ives Gandra Filho é católico conservador, integrante da Opus Dei e celibatário - não é casado e não pratica sexo

Publicado em 25/01/2017
Ives Gandra Filho é contra casamento gay e pode ocupar uma cadeira no STF
Jurista preside atualmente o Tribunal Superior do Trabalho (TST)

O próximo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser um homem que compara o casamento gay a zoofilia, critica o divórcio e acredita que a mulher deve se submeter ao marido.

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Este é um rápido perfil de Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e um dos cotados à vaga deixada ao posto máximo do Judiciário brasileiro após a morte do ministro Teori Zavascki, no último 19 de janeiro. 

No artigo "Direitos Fundamentais" escrito para o livro Tratado de Direito Constitucional (2012), o jurista escreveu: "Por simples impossibilidade natural, ante a ausência de bipolaridade sexual (feminino e masculino), não há que se falar, pois, em matrimônio entre dois homens ou duas mulheres, como não se pode falar em casamento de uma mulher com seu cachorro ou de um homem com seu cavalo (pode ser qualquer tipo de sociedade ou união, menos matrimonial)".

Sobre o STF, que reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo, em 2011, Gandra Filho disse, à época, que o tribunal parece "carecer de legitimidade" e declarando que a união homossexual é "por lei natural, desigual".

O jurista também criticou o divórcio dizendo que a dissolução do matrimônio tem causado "apenas" mais filhos "desajustados" e defendeu a submissão das mulheres. "O princípio da autoridade na família está ordenado de tal forma que os filhos obedeçam aos pais e a mulher ao marido", escreveu.

Outros nomes bastante cotados para a cadeira no STF são o ministro da Justiça, Alexandre Moraes; a ministra da Advocacia-Geral da União Grace Mendonça; o ministro do Superior Tribunal de Justiça Luís Felipe Salomão; e a secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan.

Quem indica o próximo integrante do STF é o presidente Michel Temer e a escolha precisa ser submetida ao Senado Federal. Segundo analistas de política, Temer tem sido pressionado a escolher uma mulher para o cargo.


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