A Polícia Civil descartou hipótese de que o professor Brunno Wesley tenha estuprado aluna de cinco anos em Fortaleza.
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Após a denúncia, feita em março pela mãe da criança, Brunno passou a receber ameaças de morte diariamente, teve a casa invadida e destruída e chegou a pensar em tirar a própria vida.
"Eu tive momentos em que a minha mãe foi ameaçada, em que pessoas da família precisaram faltar trabalho, para todo mundo estar ali do meu lado. Bate a sensação de que você é um peso para os outros, de que morrer seria mais fácil", falou o professor, que é homossexual, sobre os 63 dias em que passou sendo suspeito, à TV Cidade.
"Doeu muito. Até o meu certificado foi roubado. Meus móveis foram roubados bem como material da prefeitura, meus livros de estudo, material de literatura, tudo."
A mãe do professor, Maria Sheila, comemorou em vídeo divulgado nas redes sociais.
"Escutar da boca do delegado que meu filho é inocente… Vocês não têm noção, o desespero de 63 dias. [...] 63 dias sem dormir direito, sem comer direito, vendo o meu filho querendo se matar. Alguém tem noção desse desespero que eu passei nesses dias todos?”
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, Brunno está recebendo ajuda psicológica e segue de licença médica. Ele será reinserido às atividades da escola.
Imagens de câmeras de segurança do colégio fizeram parte da investigação e mostraram que o professor não teve contato com a aluna em nenhum momento.
De acordo com a mãe da menina, a criança chegou da escola com dificuldade para urinar. Ao conversar com a filha, a menina relatou que ao beber água na escola, um "amigo grande" a chamou dizendo que uma amiguinha dela estava ferida e a levou a uma sala. Lá, ele teria colocado os dedos em suas partes íntimas. A mãe relatou à polícia que o suspeito teria "cabelo colorido".
As investigações continuam e a polícia não informou se há novos suspeitos.