Rio: cerimonialista se recusa a unir casal de lésbicas

Omar Zaracho afirmou que 'procriação só é possível entre um homem e uma mulher'

Publicado em 17/07/2022
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'Não vamos deixar isso quieto. Homofobia é crime', disse casal

Um casal de mulheres se chocou com a atitude de cerimonialista no Rio de Janeiro que se recusou a realizar o matrimônio delas.

O casal Bianca dos Santos Ventura e Isabella Santiago Pereira afirma que o sonho do casamento foi impedido após o empresário Omar Zaracho se negar a montar orçamento por elas não serem heterossexuais.

“Procurando por casamentos completos no litoral, numa busca bem genérica mesmo, me deparei com o serviço do Omar Zaracho. Olhei as fotos, o cerimonial dos casamentos e achei tudo muito bonito. Então entrei em contato e foi aí que recebi a resposta negativa, de que ele não realizava casamento de homossexual”, disse Isabella ao jornal O Globo.

Nas redes sociais, Omar afirmou que sofre “perseguição e assédio moral por parte da ditadura gay” e reclamou que cristãos são perseguidos pela sua fé no Brasil.

Poucas horas depois de responder às jovens, o cerimonialista publicou que “a procriação só é possível entre um homem e uma mulher”.

“Em nenhum momento ofendi, julguei a opção delas ou faltei com o respeito. Se elas estavam procurando um buffet ou local de festa procuraram errado. Eu sou apenas um ministro celebrante de cerimônias heterossexuais, como já diz no meu site que é minha especialização. Falta de respeito seria se eu fizesse um serviço para o qual não tenho experiência e nem qualificações”, declarou.

Após a repercussão do caso na internet, Bianca e Isabella declararam que um advogado as procurou e propôs processar Omar Zaracho. “Não vamos deixar isso quieto. Homofobia é crime”, disseram.


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