Sim, 28 de junho é o Dia Mundial do Orgulho LGBT, porém o mês em que a bandeira arco-íris mais se agitará no Brasil será setembro.
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Das 215 paradas LGBT no País contabilizadas até agora pela Guiya Editora - responsável por este site - 78 delas (36,2%) serão realizadas neste mês.
A preferência por setembro é tão grande que quase metade das capitais brasileiras (12) realizam a marcha agora.
Há capitais em todas as regiões do país com paradas programadas. Estão aí Floripa e Goiânia (dia 9), Manaus (dia 30), e João Pessoa (dia 02).
Setembro é tão benquisto pelos organizadores dos eventos que Recife tem três - uma leva o nome do Estado, Pernambuco (dia 16), outra o nome da capital (na semana seguinte, dia 23), e uma no bairro da Casa Amarela (dia 02).
A Bahia é o Estado que mais realiza marchas LGBT este mês: são 18. A maior delas é a parada do orgulho da Bahia, organizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), no centro de Salvador. Há muitas marchas em vários bairros, como da Liberdade, Pau da Lima e Cidade Baixa, e algumas no interior.
São Paulo vem em segundo lugar com 13. No entanto, há uma única na capital, a de Cidade Tiradentes (dia 23), na Zona Leste. As demais espalham-se pelo interior e litoral, tais como Praia Grande (dia 23) e Jundiaí (dia 30).
No ranking, o Rio de Janeiro vem em seguida, com 11. Assim como a Bahia, a capital do Estado também tem sua marcha principal neste mês (dia 30) e vê outras tomarem as ruas, seja em bairros periféricos, como as da Maré e Cidade de Deus (ambas dia 23), em vizinhanças nobres, como São Conrado (também no dia 23) ou na Região Metropolitana, como a de Nova Iguaçu (dia 16).
Uma razão que explica parte da preferência por setembro neste ano é tanto uma tradição quanto um fato específico de 2018.
O comportamento padrão das organizações das marchas no Nordeste é não fazer os eventos em junho. A razão é o fato de haver nessa época as festas de São João, que dominam a agenda da região nesse época. A preferência sempre das paradas nordestinas são por fazer as marchas no segundo semestre.
Um dado característico deste ano são as eleições, que tomarão dois domingos de outubro, quando são vedadas manifestações. Muitas entidades LGBT também colocaram os atos para serem feitos em setembro para ecoar às vesperas do primeiro turno da ida às urnas a mensagem do voto consciente.
O codiretor da América Latina da Interpride, organização mundial de paradas, e sócio-proprietário da Guiya Editora, Welton Trindade, celebra a quantidade de marchas LGBT no País.
"Apenas em setembro o Brasil faz mais paradas do que o Reino Unido em todo o ano, por exemplo. Eles fazem 60 no total. Esse é mais um dado que mostra o quanto o Brasil é um país em evolução na questão LGBT e uma grande democracia, que respeita a manifestação por nossos direitos."
Para saber a data da parada de sua cidade, veja a relação completa, dividida por Estados, clicando em nosso menu na coluna Paradas Brasil.