Tempos sinistros que vivemos em que uma simples cortina pode gerar debate entre condôminos e ameaça de multa.
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Um morador da Rua Augusta, na região central de São Paulo, desabafou em um post no Facebook a respeito do ocorrido.
Francisco Campos diz que há três semanas ele e o namorado - com quem mora no mesmo apartamento há cinco anos - colocaram uma cortina com as cores da bandeira LGBT em um dos cômodos.
Demorou só dois dias para que um funcionário do prédio pedisse para que tirassem a cortina já que outros moradores haviam reclamado.
Francisco não tirou e pediu para os responsáveis pelo condomínio viessem falar com ele. Não vieram e enviaram uma advertência por suposta infração.
"Acontece que nossa cortina não é proibida nem pelo item que a advertência foi expedida e nem por nenhum outro regulamento interno", explicou Francisco.
"Após nossa contestação por escrito, a administração disse que nossa cortina não se trata de uma cortina e que ela pode 'interferir e influenciar na valorização do patrimônio'. Em todo o momento falam sobre multa e até ligaram na imobiliária dizendo que iriam nos multar", continua.
"Ora, não há regras de cores de cortinas no prédio e todos os vizinhos têm as cortinas que querem, por que a nossa está sendo questionada? A cortina de arco-íris é a única que para qual se inventou uma proibição? Qual a intenção disso? Continuamos no embate, mas são tempos sombrios em que estamos e não podemos deixar piorar ainda mais elegendo um fascista para presidente", encerrou.
