6 documentários LGBT brasileiros que você precisa ver!

No Dia do Cinema Brasileiro, listamos seis filmes imperdíveis sobre nossa comunidade

Publicado em 05/11/2017

6 documentários LGBT brasileiros que você precisa ver

Filmes brasileiros ainda não atingem grande público nos cinemas (exceto comédias da Globo Filmes), são pouco reconhecidos no exterior e alvo de críticas por conta de questões técnicas e até de roteiro.

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No entanto, se tem um gênero em que nossos longas são celebrados é o documentário. Nada melhor, portanto, que no Dia do Cinema Brasileiro, comemorado neste domingo 5, lembrarmos de 6 dos melhores documentários nacionais que abordam a temática LGBT:

1. Lampião da Esquina (2016)
A mais emblemática publicação LGBT do País tem sua história lembrada por Lívia Perez. A diretora foi conversar com os ex-integrantes e colaboradores do jornal, que marcou época no final dos anos 1970 e começo dos 1980.

Aguinaldo Silva, João Silvério Trevisan, Glauco Mattoso e Luiz Carlos Lacerda foram alguns dos reconhecidos profissionais ligados ao periódico que tratava de homofobia, prostituição, vida noturna, racismo e feminismo, dentre outros temas.

2. Divinas Divas (2016)
As primeiras travestis dos palcos brasileiros têm sua história revisitada neste filme de Leandra Leal. As oito artistas reúnem-se para ensaiar um espetáculo que marca os 50 anos de sua primeira performance no Teatro Rival (RJ).

Entre um número e outro, o público conhece um pouco mais da história de Rogéria, Jane Di Castro, Brigitte Búzios, Valéria, Eloína, Camille K, Marquesa e Fujica de Holliday com passagens que vão de internação em hospício e acidentes a hormônios, homens e quesões familiares.

3. São Paulo em Hi-Fi (2013)
Se o Brasil é pouco documentado, o que dirá de um recorte específico como a noite gay paulistana? Este é o mote do histórico filme de Lufe Steffen, que por meio de entrevistas, fotos e vídeos, apresenta aos espectadores os primeiros points LGBT da cidade.

Das escadarias da Galeria Metrópole nos anos 1960, à desvairada Medieval, que, recheada de celebridades, parava a Rua Augusta nos 1970 aos shows de transformismo da Corintho nos anos 1980, dezenas de lugares e espaços são lembrados que foram referência para a capital paulista e para o Brasil são lembrados.

4. Dzi Croquettes (2009)
Poucos grupos foram tão importantes para a cultura brasileira em relação à diversidade sexual como este. Entre Rio e São Paulo, os Dzi enchiam boates e teatros de um público ávido pelas suas performances despudoradas e cenas hilárias, sexuais e transformadoras.

No documentário assinado por Tatiana Lessa e Raphael Alvarez, os integrantes que sobreviveram à violência do País e à aids, relembram sua trajetória. Personalidades brasileiras e estrangeiras, que foram influenciadas e fãs confessas do grupo, dão depoimentos emocionantes.

5. Santiago (2007)
O personagem principal do filme de João Moreira Salles é o mordomo que trabalhou na casa de seus pais por quase três décadas. O

documentário teve imagens captadas no início dos anos 1990, ficou engavetado por 13 anos e terminado por ele Aqui, mais do que revelar Santiago, o cineasta procura entender um pouco de si mesmo e de sua família, e mistura ficção e realidade.

6. Laerte-se (2017)
Grande representante da visibilidade trans nesta década, a cartunista Laerte Coutinho é o foco deste documentário produzido pela Netflix e assinado por Eliane Brum e Lygia Barbosa.

Foi casada, teve três filhos, flertou com o cross-dressing e, enfim, assumiu-se trans há poucos anos com uma carreira já consolidada. Delicado, o filme mostra a coragem de uma mulher que em busca apenas de sua identidade tem inspirado tantas no País.


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