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O que Cuiabá, Brasília e São Paulo têm em comum? O cantor e compositor Paulo Azeviche é a resposta colorida a esta questão.
Exemplo da nova música popular brasileira no começo da década passada, o artista ressurge com brilho e frescor com o novo single, Cuiabá.
A música, que já está nas plataformas digitais, ganhou videoclipe dirigido e produzido pelo próprio Paulo, repleto de luzes, como um caleidoscópio iluminando o cenário musical.
Dançante e sofisticada, a canção foi inspirada na história de rapaz cuiabano que o cantor conheceu quando estudou na Unicamp, em Campinas (SP).
Natural de Brasília e atualmente vivendo em São Paulo, Paulo conta que sofreu homofobia no meio artístico e que foi aconselhado a não dar pinta para que seu trabalho atingisse um público maior.
Ele não se rendeu aos apelos, pois não abre mão de expandir sua essência artística, e agradece e reverencia o que chama de abençoada "pabllovittarização" da música brasileira que abriu portas à nova geração e espera poder se esbaldar nesse open bar do arco-íris LGBT.
A trajetória de Paulo Azeviche remonta a 2011, quando começou a se apresentar em diversos eventos LGBTQIA+ em Campinas (tais como "Noite Divas" e Pedala Bich@"), sempre à convite da drag queen Lohren Beauty que, depois de vê-lo performar num pub e levantar a plateia, peguntou a ele: "Onde você estava se escondendo?".
Contemplado pelo edital ProAc LGBT em 2011, o artista, abertamente gay, lançou o disco Abaixo a Cueca, voltado à temática arco-íris, e chegou a ser citado pelo jornal O Globo.
O álbum incluía a faixa-título, composição de Zé Rodrix e Paulo Coelho, e Zangão, parceria de Paulo com Adriano Gomi, que recebeu registro em clipe.
Antes da pausa na carreira, o artista ainda divulgou o vídeo de Polka, regravação de canção de Rogério Skylab, elogiada pelo cantor e violonista.
Agora, Paulo revisita sua própria obra. Cuiabá, canção sua com Felipe Magaldi, voltou mais dançante e com coprodução de Katu Haí.
Aumente o som e veja como ficou: