Não se anime se você cruzar com Cauã Reymond na escuridão das poltronas ou corredores de cinemas pornôs. Ele está ali para construir um personagem.
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Chamada pela arte dramática de "laboratório", a técnica é utilizada por muitos atores - seja de TV, de teatro ou cinema - quando precisam imergir em um universo com o qual não têm muita conexão ou vivência.
Cauã vai interpretar um homossexual dono de cinema erótico no próximo longa de Cláudio Assis, Piedade. "Adorei", disse o ator à Folha de S.Paulo sobre o personagem. "É gay, pai de um menino de 19, e com um histórico de rejeição."
No filme, Cauã, de 36 anos, é pai de Gabriel Leone (de Velho Chico) e filho de Fernanda Montenegro. Ela é dona de um bar em uma praia do Recife, que sofre com uma companhia petroleira que se instalou na região, fez diminuir a pesca e aumentar a quantidade de tubarões no mar.
Cauã acredita que o papel vai "subverter" sua imagem. Os mais antenados já viram o ator interpretar um homossexual no cinema. Em Estamos Juntos (2011), de Toni Venturi, ele vive o DJ paulistano Murilo. O personagem se apaixona por um heterossexual que abriga em sua casa e o disputa com sua melhor amiga, vivida por Leandra Leal, uma médica que precisa lidar com a situação caótica da saúde brasileira e descobre ser portadora de uma grave doença.
O bonitão também já viveu uma transexual no clipe de Barbara Ohana, Your Armies. Para viver a personagem do vídeo lançado ano passado, Cauã também fez laboratório. "Nas férias, andei de salto alto todo dia em casa, fazia tudo que tinha que fazer de salto, senão, como ia chegar nas gravações e andar com aquele salto 10?", disse ao O Globo.
A estreia de Piedade nos cinemas será só em 2018.