Homofobia foi um dos assuntos tratados no capítulo da segunda-feira 18 em Pantanal, da TV Globo.
Apesar de heterossexual, Jove (Jesuita Barbosa) tem sua sexualidade questionada na novela por repudiar comportamento agressivo comum aos homens da região.
"Aquele filho lá não é filho, é um castigo. Aquilo ali não passa de um flozô. Aquilo ali de macho não tem nada", disse Tenório (Murilo Benício) após Jove ter se recusado a entrar em luta corporal com Alcides (Juliano Cazarré) para defender a filha do coronel, Guta (Julia Dalavia).
Na sequência, ainda em conversa com Guta, Tenório chama Jove de "frouxo" e diz: "Se fosse filho meu, eu afogava".
"Isso não existe", comenta Guta. "O que não devia existir é esse tipo de coisa", responde o fazendeiro. "Homem tem que ser homem, mulher tem que ser mulher."
A filha, então, provoca o pai: " E se eu fosse lésbica? O que o senhor faria?"
A mãe, Maria Bruaca (Izabel Teixeira), não entende o termo. "E o que que é isso?"
"Se eu amasse outra mulher", esclarece Guta. "Como é que seria?"
"Um desgosto desse Deus nunca que ia me dar", lamenta Tenório.
Ele encerra a conversa dizendo que Guta ou outro filho seu fosse homossexual, ele rezaria "para o Diabo levar".
Sozinha com a mãe, Guta questiona por que Maria Bruaca casou com um homem como o pai.
A mulher responde que ele só fala assim dentro de casa. Guta, então, diz que homossexualidade não é uma doença e que a violência nasce dentro de casa.
"É justamente porque a gente naturaliza esse tipo de brincadeira, de comentário, que o Brasil é o País que mais mata LGBTQIA+ no mundo", encerra a moça.
A sequência termina com Maria Bruaca pensativa e não deixou claro que ela, claramente, não saberia o que significa "LGBTQIA+".