Festival Nyege Nyege, em Uganda, que começa nesta quinta 15 e vai até domingo 18, chegou a ser cancelado há uma semana sob acusação de, dentre outras coisas, "promover homossexualidade".
Parlamentares levantaram preocupações sobre o evento e seu impacto na moralidade sexual no país.
"Vai atrair todos os tipos de pessoas de todo o mundo, trazendo várias ações que não são africanas e não ugandenses para a nossa comunidade", disse a deputada Sarah Opendi.
Após o veto, reunião com o Poder Executivo deixou o festival ser feito, mas sob condições.
A ministra de Ética e Integridade, Rose Lilly Akello, publicizou as restrições: deve-se proibir qualquer pessoa “indecentemente vestida” e todo tipo de "atividade imoral", o que incluiria beijo e contatos íntimos entre homens.
Haverá 700 artistas, os quais vão se apresentar para 10 mil pessoas em sete palcos.
A controvérsia do evento, nascido em 2015 e suspenso por dois anos por conta da pandemia de coronavírus, começa no nome.
Enquanto em luganda, um dos idiomas do país, nyege sugere vontade grande dançar, em Kiswahili - outra língua falada na região - o termo trata de lascívia e poderia ser traduzido para algo como "tarado".
Ser homossexual é crime em Uganda e vige lei que veta qualquer tipo de "propaganda gay" e estimula a denúncia de quem não seja heterossexual.