Em noite de gafe histórica, o Oscar foi, pela primeira vez, para uma produção de temática gay, Moonlight: Sob a Luz do Luar.
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A cerimônia, realizada no Dolby Theatre, em Los Angeles, no domingo 26, teve troca de envelope justamente no momento do anúncio da principal categoria, a de melhor filme do ano.
Warren Beatty e Faye Dunaway receberam o envelope de melhor atriz e não o de melhor filme e não perceberam. Ao anunciar o vencedor, Beatty titubeou e disse La La Land - Cantando Estações.
Já no palco e após dois minutos de agradecimento, a equipe de "La La Land" foi avisada pela produção e mostrou o envelope correto com o título do filme de Barry Jenkins. "Moonlight" faturou ainda as estatuetas de melhor roteiro adaptado e ator coadjuvante para Mahershala Ali.
La La Land, que tinha 14 indicações, levou seis, incluindo diretor (Damian Chazelle) e atriz (Emma Stone). Até o Último Homem, de Mel Gibson, foi, além dos dois filmes, a sair com mais um prêmio na noite, os de melhor montagem e mixagem de som.
Drama sobre um jovem gay que precisa lidar com as drogas e uma família disfuncional, "Moonlight" já havia faturado o Globo de Ouro de melhor drama, em janeiro, e o Independent Spirit Awards, no último sábado.
O mais próximo que um filme de temática LGBT já havia chegado perto de levar a principal estatueta da noite foi em 2006 quando O Segredo de Brokeback Mountain, favorito do ano, perdeu melhor filme e ficou com três prêmios, incluindo direção (Ang Lee).
Na últimoa década, quatro outras produções LGBT disputaram melhor filme: O Jogo da Imitação (2015), O Clube de Compras Dallas (2014), Minhas Mães e Meu Pai(2011) e Milk - A Voz da Igualdade (2009).