Os atores e diretores Zé Celso Martinez Corrêa e Marcelo Drummond falaram sobre ciúme, aids, cerimônia de casamento e relacionamento aberto.
"É coisa simples assim", definiu Marcelo sobre a relação que perdura 37 anos, em entrevista ao Terra. "Desse jeito: casamos para ter amantes. Porque casamento sem amante é muito sem graça."
"Nunca pensamos em nos separar. Mesmo quando ele teve outros namorados, eu tive outros, a gente nunca pensou", garantiu Zé Celso.
Ciúmes? Só da parte de Marcelo e no início do relacionamento.
"Já tive ciúmes no começo, mas a vida é a vida, né? Vou viver a minha vida. Não vou ficar com 60 anos preso a isso", disse Marcelo.
"Eu não sou ciumento", emendou Zé Celso. "Eu não tenho mesmo. Não sei por quê. Poderia ter também, é legítimo. Eu tenho outros sentimentos, piores talvez do que o ciúme."
Durante certo tempo, no entanto, o casal foi monogâmico. "Era um namoro fodido, um namoro maravilhoso. Era só nós dois. Foi um tempo, inclusive, que veio a aids. A gente ficava apavorado. A gente tinha medo do nosso próprio esperma", lembra Zé Celso.
A cerimônia de casamento foi no último dia 6, em São Paulo, apenas por questões burocráticas. Já aos 86 anos, Zé Celso temia deixar o companheiro desamparado legalmente. Ele preside o Teatro Oficina, um marco na cena teatral paulistana.
Com presença de inúmeros famosos e trilha sonora ao vivo cantada por Daniela Mercury e Marina Lima, o casal se uniu com ajuda do ator, diretor e produtor Ricardo Bittencourt, amigo do casal e responsável por organizar a festa.
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