Evandro Santo revelou que é dependente de drogas e que está em sua quinta internação em uma clínica de reabilitação.
Curta o Guia Gay BH no Facebook
O humorista de 46 anos contou que teve uma adolescência longe das drogas. "Tive uma adolescência bem tranquila. Já saí de casa cedo, já era gay, filho de mãe solteira... Mexer com drogas não estava nos meus planos."
"Quando adolescente, eu não fumei maconha, eu não bebi, não cheirei loló, não tomei ácido, nada, nada, nada. E todas as minhas loucuras eu fiz de cara limpa."
Seu primeiro porre foi só aos 25 anos e aos 29 tomou seu primeiro comprimido de ecstasy. "E eu comecei a tomar uma vez ao ano", lembra. "Entre uma coisa e outra, acabaram me apresentando a ketamina, que eu também não gostei muito."
Também conhecida por nomes como key ou special k, a ketamina é um anestésico usado em animais que ficou famosa dentre jovens e gays nas duas últimas décadas. Muitos usam em badalas, já que ela pode provocar espécie de alucinação, e outros durante o sexo, por causa de seu efeito analgésico. A droga pode ser injetada, misturada em líquidos ou cigarros, ou cheirada.
Amnésia, pressão alta, depressão, taquicardia e problemas respiratórios - inclusive fatais - são alguns dos efeitos adversos.
"Fui ficando mais velho e não dei conta de algumas demandas emocionais, acabei começando a usar e tive um uso muito pesado entre 2014 e 2020."
Ele diz que foi há sete anos sua primeira internação por ketamina, o mesmo espaço onde ele está novamente agora.
"Foi nessa quinta internação que eu consegui finalmente falar: 'Sim, eu sou doente. Sim, eu sou um adicto. Sim, eu preciso de ajuda. Sim, eu preciso ser internado. Foi a primeira vez que eu me internei voluntariamente, com vontade. E isso fez toda a diferença."
Evandro afirmou que o tratamento seria realizado em quatro meses e que ele pediu para extender para um ano. O ex-Polegar e participante de A Fazenda, Rafael Ilha, que também enfrentou problemas com vício em drogas, o visita regularmente.
O humorista escreverá alguns livros sobre o assunto e quer deixar um legado ajudando as pessoas que enfrentam questões parecidas, sejam com elas mesmas ou com parentes.
Ele diz ainda que foi mais fácil se assumir gay do que viciado em drogas.
Em outro vídeo, Evandro fala da importância de não procrastinar quando perceber que se precisa de ajuda, dos medos que as pessoas têm de se internar e de como escolher uma clínica.