Holanda rebate acusação de homofobia feita por Douglas Souza

Jogador disse que ele e namorado teriam sido vítimas de discriminação em aeroporto no país

Publicado em 12/09/2021
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Atleta e namorado ficaram por 11 horas em sala do terminal

Autoridades holandesas rebateram acusação do jogador Douglas Souza de que ele ficou 15 horas em aeroporto do país por causa de homofobia.

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O porta-voz do Real Marechalato da Holanda - uma das Forças Armadas da nação europeia - afirmou que o atleta e o namorado, Gabriel Campos, tiveram problemas por causa da proibição que vigora atualmente entre voos do Brasil e da Holanda devido à pandemia.

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"Atualmente, existe proibição de viagens entre o Brasil e a Holanda. Passageiros do Brasil só podem entrar na Holanda quando se enquadram em uma das categorias de isenção”, explicou Mike Hofman ao site Queerty.

De acordo com o oficial, é difícil determinar se o passageiro está nas categorias de isenção e, por isso, a ordem é que essas pessoas sejam enviadas a uma sala em separado enquanto a questão se resolve.

"Obviamente, a orientação sexual do Sr. Souza não teve nada a ver com essas averiguações", disse. "Nossos policiais devem tratar todos de maneira respeitosa, independentemente de sua orientação sexual."

Ainda assim, Hofman esclarece que se o atleta brasileiro sentiu que não foi tratado da forma adequada, "ele pode apresentar uma reclamação para nós".

O caso ocorreu na terça-feira 7 no Aeroporto Internacional de Schiphol, em Amsterdã. Douglas e o namorado saíram de São Paulo, no dia anterior, e fizeram conexão na capital holandesa para ir até Roma. De lá, ainda foram para Vibo Valentia, na região italiana da Calábria. Douglas foi contratado pelo time de vôlei local.

O jogador contou em suas redes sociais que no controle de passaportes o oficial mudou seu tratamento quando soube que Gabriel e ele eram namorados.

O casal foi enviado a sala com 20 pessoas e ali ficaram por cerca de cinco horas. Após confirmarem com o clube esportivo, os oficiais os deixaram mais cerca de seis horas.

Quando foram chamados novamente, os policiais teriam resistido a deixar Gabriel passar pela imigração. Mais algumas horas, e eles, enfim, receberam autorização, mas o aeroporto já estava fechado. O casal dormiu no chão do aeroporto para esperar pelo voo para Roma, na manhã da quarta-feira 8.


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