Fora do País desde janeiro de 2019, Jean Wyllys afirmou ao portal UOL que só retorna quando Jair Bolsonaro (sem partido) deixar a Presidência da República e que não vai se candidatar nas eleições de 2022.
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"Embora esteja naufragando, o governo ainda tem uma base radicalizada, então é capaz de fazer muita coisa. Volto quando vencermos de vez essas forças políticas de destruição que emergiram com força em 2018", disse o jornalista.
Wyllys partiu para a Europa antes de assumir seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados para o qual foi eleito em 2018. À época, ele declarou ter sofrido ameaças contra a sua vida e de sua família.
Sobre uma cena marcante de sua biografia - o cuspe em Bolsonaro, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016 - Wyllys revelou que "paga um preço altíssimo" até hoje, mas que não se arrepende da atitude.
"Claro que faria novamente naquelas circunstâncias. Esse gesto ganha significado maior e é mais compreendido hoje do que naquele momento. Só lembro que cometi esse ato porque tem imagens, entrei em um tipo de transe", comentou.
No início de agosto, houve rumores de que Wyllys sairia candidato ao Congresso pelo PT de São Paulo. O ex-deputado afirma que não disputará o pleito.
"Não quero ser candidato", esclareceu. "Não acho que seja o momento."
Wyllys, que se filiou ao PT este ano, contou que entrou para o Psol em 2009 porque na ocasião o Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro "estava em relação promíscua como PMDB".
"Era diferente do PT de São Paulo. Não me identificava com aquele PT e o Psol era um abrigo melhor, eu achava, para o que pretendia fazer uma representação política."
Ele disse que ainda assim sua chegada ao Psol "não foi uma entrada simpática".
"O Psol do Rio é elitista e tinha preconceito com eu vir da televisão, era um território deles e a minha entrada foi com desconfiança e sabotagem."