O ator Luke Evans esclareceu que, ao contrário do que boatos na imprensa, ele jamais se arrependeu de ter se assumido gay.
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Aos 41 anos, o bonitão afirmou que com uma carreira pública e sendo sempre escrutinado pela imprensa, ele quis apenas resguardar um pouco de sua vida pessoal.
"Minha vida pessoal se tornou a última coisa que eu tinha. E foi estranho quando as pessoas descobriram que eu era gay, muitos artigos e outras coisas foram escritos dizendo que eu estava escondendo, e eu não estava", explicou à revista Attitude.
"Estou orgulho e feliz. Eu nunca tive vergonha. E, de repente, eu estava sendo tratado dessa forma, foi um momento assustador, e eu fiquei 'Deus, isso é horrível. Isso não é verdade. Nada disso é verdade'."
Evans se assumiu gay quando atuava apenas no teatro, no começo dos anos 2000. Mas só quando ele conquistou papéis em grandes produções de Hollywood, na década seguinte, fãs e imprensa se atentaram à sua orientação sexual.
O ator sempre confirmou, mas preferia não dar detalhes sobre sua vida íntima, já que, como ele disse, foi a única coisa que lhe restou de privado.
Nascido no País de Gales, Evans contou ter tido uma infância feliz, mas tumultuada, alvo constante de bullying pelas mãos dos valentões da escola.
Criado como testemunha de Jeová, ele diz que sempre se percebeu diferente dos demais. Assim que pôde, aos 16 anos, correu para a capital do país, Cardiff, para poder ser ele mesmo.
"Eu precisava encontrar minha identidade, e precisava ser independente da minha família, encontrar minha voz e ser um adolescente gay feliz. Um adolescente morando sozinho", relembra.
Ele fala que foi assustador ter de revelar aos pais sua homossexualidade por causa da religiosidade deles e que precisou de tempo e paciência para ser aceito.
Hoje, o ator afirma que espera ajudar a dar visibilidade que ele não viu no cinema quando cresceu.
"Espero ter quebrado muitas barreiras, estou tentando representar minha comunidade, mas não posso representar todos. E certamente não posso agradar a todos. Só tenho que fazer do meu jeito."
Sobre ser capa pela primeira vez de uma revista gay, ele pontua: "Eu já falei sobre ser gay muitas vezes, mas isso parece certo, depois desse ano e tudo que passamos. Todos nós temos uma história para contar e uma jornada que percorremos, e ainda estamos aqui."
Dentre inúmeras superproduções que o ator já estrelou estão Os Três Mosqueteiros (2011), Imortais (2011), Drácula: A História Nunca Contada (2014), A Bela e a Fera (2017), dois filmes da saga O Hobbit (2013 e 2014) e três da franquia Velozes & Furiosos (2013, 2015 e 2017).