Ex-funcionário gay da família Bolsonaro entrega esquema de rachadinha

Marcelo Luiz Nogueira dos Santos trabalhou com o clã por 14 anos e era chamado de pai por Jair Renan Bolsonaro

Publicado em 04/09/2021
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Marcelo (esq.) foi babá de Jair Renan após a separação entre Bolsonaro e Ana Cristina, em 2007

A paz, já bem frágil, na família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi abalada pelo ex-funcionário Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, homossexual e tão próximo ao clã que era chamado de segundo pai pelo caçula do mandatário, Jair Renan. 

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Marcelo tornou público amplo e persistente esquema de rachadinha cometido pelos políticos da família e do qual ele mesmo teria participado. 

O ex-empregado, que trabalhou por 14 anos para a família, afirmou à coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, ter testemunhado vários crimes que teriam sido cometidos pela advogada Ana Cristina Valle, atualmente ex-mulher do presidente, e pelos parlamentares Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos do presidente.

Ana é mãe de Jair Renan, o qual apagou foto com Marcelo no Instagram após a entrevista ir ao ar. Na postagem e em vídeo que está na internet, o jovem demonstrou grande apreço ao ex-empregado. 

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Postagem apagada por Jair Renan após Marcelo denunciar crimes

Marcelo foi babá de Jair Renan após a separação entre Bolsonaro e Ana Cristina, em 2007. Entre 2014 até poucos meses atrás, ele serviu como empregado doméstico dela. 

Marcelo confessa ter devolvido 80% de tudo o que recebeu no gabinete de Flávio nos quase quatro anos em que foi seu servidor na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj): cerca de R$ 340 mil no total.

Ele ainda afirmou que, por anos, Ana comandou esquema de recolhimento de dinheiro de funcionários dos gabinetes de Flávio e Carlos. 

Recentemente, ela se mudou com Renan e Marcelo para casa de 3,2 milhões em Brasília. 

Ainda segundo Marcelo, a compra do imóvel foi feita com nome falsos. 

O rompimento dele com a família teria ocorrido por Ana não pagar o salário prometido de R$ 3 mil em Brasília. Marcelo afirma que era pago apenas R$ 1,3 mil. 

“Falei para ela: ‘Cristina, não sou obrigado a morar na sua casa. Trabalho para ter meu canto e em Brasília tudo é caro. Você pensa que vou ficar na sua casa e ser seu escravo? A escravidão já acabou. Você é racista. Isso é racismo. Você me tirou lá do Rio só porque em Brasília eu não tenho ninguém e não conheço nada? Acha que vou aceitar o que quer fazer comigo?'”, contou à coluna.

 

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