Sim, os desafios até a conquista da igualdade de direitos para LGBT ainda são grandes. Prova disso é a necessidade do 17 de maio, Dia Internacional contra Homofobia. Entretanto, seria injusto até com todos que lutam há décadas pela causa arco-íris não reconhecer que também avançamos.
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Com objetivo de justamente lembrar o que de positivo já foi alcançado, colhemos opiniões de gestores LGBT de vários lugares do Brasil sobre esse aspecto. Que sirva de ânimo para termos o que ainda falta!
Wellington Bezerra, titular da Gerência de Livre Orientação Sexual (Glos), da Prefeitura do Recife.
"O Conselho Nacional de Justiça ter reconhecido o casamento homossexual foi um marco que tirou da clandestinidade nossas relações. Foi fundamental para acabar com algo que nos marginalizava. E também vejo avanço na sociedade, cada vez mais indo às ruas, organizando-se nas faculdades, fortalecendo-se nas redes sociais."
Vinícius Alves, titular da Coordenação do Núcleo de Políticas LGBT da Bahia.
"Acredito que falar hoje em política pública LGBT assim como desafiar a gestão pública a absorver nossas vivências como parte do processo democrático por si já nos desenha um grande avanço."
Carlos Tufvesson, titular da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS), da prefeitura do Rio de Janeiro.
"Nosso maior avanço foi o reconhecimento de nossa cidadania pelo STF no julgamento da ação enviada pelo governador Sérgio Cabral sobre a união estável para os casais do mesmo sexo. Esse avanço se deveu à militância autônoma do Rio, que tomou para si essa pauta após o movimento organizado tê-la retirado da agenda por considerá-la uma questão patrimonial burguesa e não como reconhecimebto de cidadania. Importante lembrar isso, pois o cidadão LGBT precisa entender sua força nesses avanços!"
Heloísa Alves, titular da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, do Estado de São Paulo.
"O Judiciário tem muitas vezes suprido a lacuna legislativa proferindo decisões que asseguram os direitos da população LGBT, como a decisão que assegurou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No que tange ao Poder Executivo, o fato de hoje o Governo Federal, vários Estados e alguns municípios terem um órgão que paute a política LGBT tem contribuído também para esse enfrentamento com ações transversais, interministerais e intersecretariais."
Flavio Brebis, titular da Coordenação de Promoção dos Direitos da Diversidade, do Governo do Distrito Federal.
"O país realizou as maiores conferências sobre o tema no mundo, com participação do poder público e sociedade civil: I e II Conferências Nacionais LGBT, em 2008 e 2011. Outra valiosa força na defesa de direitos foi a criação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), no âmbito federal."