Você suspira fundo ao ver o que eles produzem. Você pode não imaginar o trabalho que eles têm para fazer chegar aos seus olhos tanto esmero. Isso se você realmente lembrar que sem eles aquelas imagens não existiriam, afinal, eles não aparecem!
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Mas no Dia do Fotógrafo, é momento de tirar o olhar fixo nas imagens de homens que eles clicam e aplaudir esses artistas! Três profissionais ou três apaixonados pelo que fazem? A resposta é: os dois! É o que revelam (como se fosse nos antigos laboratórios de fotografia, em que se "revelava" rolos de negativo) três dos mais importantes nomes da fotografia masculina no Brasil em conversa com nossa reportagem.
Léo Castro
Formado em Farmácia pela Faculdade Estácio, o carioca Léo Castro apaixonou-se mesmo por outro tipo de "alquimia", aquela que compõe luz, formas e cores. No ramo há 10 anos, o artista já se tornou uma das referências na fotografia de corpos masculinos no País.
"Mesmo antes de ser fotógrafo, admirava os trabalhos de beleza masculina de fotógrafos internacionais tais como Rick Day e Thomas Synnamon e sempre quis fazer algo parecido aqui no Brasil", conta.
Léo diz que vê uma boa demanda na área, embora também atue em outros segmentos da fotografia. A melhor parte? "É poder fazer o que se gosta e ter liberdade para criar", revela.
Eberson Theodoro
Com escritórios em Balneário Camboriú e Joinville, em Santa Catarina, Eberson Theodoro clicou os primeiros rapazes em 2009, mas apenas em 2013 essa proposta se tornou mais frequente. Formado em Jornalismo e com pós em fotografia, o artista diz que seu estilo é retratar a beleza masculina sem muita produção. "Extraindo o que há de mais belo em cada um", explica.
Se já sofreu algum preconceito por ter esse foco no trabalho? "Nunca foi explícito, mas já ouvi pessoas confundindo meu trabalho com pornografia", diz. "Não que isso me incomode, mas não é o que eu faço e quem diz isso não conhece meu trabalho a fundo." Eberson acredita que a demanda seria maior se trabalhasse com nu feminino. "Mas minha linguagem não é esta e não vou trair meu olhar (risos)."
"A melhor coisa é que como sou homem também, sei lidar de maneira direta com o corpo masculino. E sentir nos primeiros cliques qual o caminho que vou dar a determinado ensaio e, principalmente, quando faço uma foto e sei que ela é "a" foto. O pior é ter de enfrentar o conservadorismo da sociedade em relaçao à exposição do corpo masculino", revela.
Anderson Morais
Com atuação em Brasília, Anderson Morais é outro nome de destaque no Brasil na captação pelas lentes de corpos masculinos. Formado em fotografia pelo Instituto de Educação de Brasília (Iesb), Anderson está há três anos no ramo e cita Léo Castro com uma de suas inspirações.
"Eu comecei a trabalhar com beleza masculina a partir de um projeto do 3º semestre da faculdade e a acabei prolongando e aprimorando para o meu TCC. Desde então, não parei", revela.
Morais é prova de que vale a pena insistir no que acredita. "O segmento é ótimo, hoje em dia não vemos mais somente ensaios femininos, o homem está mais vaidoso e querendo aparecer mais", explica.
Entretanto, o desafio continua. "Há uma demanda boa, porém a maioria não valoriza o trabalho financeiramente, querem custo baixo ou mesmo gratuito."
