Quer carimbar seu passaporte ou deliciosamente preencher as páginas que ainda restam em branco?
Destinos internacionais são muito tentadores, mas com eles vêm questões tais como casa de câmbio, legislação sobre recursos financeiros e seu comum descontrole orçamentário. Como lidar?
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Para te ajudar a transformar a vontade em muitas fotos no Instragram, pedimos o auxílio do especialista em organização financeira Jonny Penner, do site Quero Sair do Vermelho.
O planejamento começa em uma planilha, deve tomar conta da forma como você lida com seu dinheiro e chega até a leis do destino para onde você vai.
É seguir e esperar a chamada para o embarque internacional!
1. Monte um orçamento para a viagem
O primeiro passo é anotar todos os gastos que envolvem a viagem. Todos mesmo! Aí estão custos com itens tais como passaporte, visto, vôos, trens, hospedagem, alimentação, ingressos de museus... Feito isso, veja o quanto você já tem em dinheiro e o quanto falta.
O aviso aqui é importante: sua leitura dos gastos e das suas condições econômicas deve ser bem certeira. Cuidado ao assumir obrigações de pagamento, isso pode comprometer seu orçamento e desorganizar suas contas, portanto não esqueça: coloque tudo na ponta do lápis!
2. Se viajar é um desejo grande, então faça escolhas.
São várias as opções para reservar dinheiro mesmo quando o orçamento está apertado. O ideal é adotar novos hábitos que te poupem algum dinheiro no final do mês e que ainda farão bem para sua saúde, tal como trocar o almoço do trabalho pela marmita feita em casa, economizar o dinheiro do ônibus ao optar pela bicicleta ou uma boa caminhada, comercializar objetos pessoais que você nunca usou ou não usa mais, além de priorizar o encontro com amigos em casa ou num parque ao invés de gastar em jantares caros.
Economizar dinheiro depende diretamente da relação entre o quanto você está disposto a abrir mão de uma coisa para conquistar outra que é mais importante para você. Neste caso, o quanto você está motivado a dispensar alguns caprichos do dia a dia para fazer a viagem dos seus sonhos?
3. Seja estratégico na compra de moeda.
O ideal é você fracionar e comprar todo mês um pouco, assim você evita ficar a mercê da oscilação cambial. Se você deixa para comprar logo antes da viagem (com a expectativa de baixa) e por algum movimento do mercado a moeda estrangeira dispara, você vai acabar indo com muito menos do que tinha planejado.
4. Pagar à vista ou parcelar: avalie bem.
O ideal é sempre optar pelo pagamento à vista. Assim você não compromete sua renda nos meses seguintes à viagem e já poderá programar a próxima!
Entretanto, se você não possui dinheiro suficiente para isso, opte pelo parcelamento. A norma é você verificar se o valor total das parcelas não vai comprometer seu orçamento.
Exemplo: imaginemos que cada mês você tenha sobra de R$ 300 no salário. Se o total das parcelas ficarem maior que este valor, você precisa aumentar o número de parcelas ou então buscar economizar um pouco mais nos meus gastos mensais para que a conta feche no azul.
Caso nenhuma das opções seja a solução, é um bom momento para se perguntar se é realmente a hora certa de fazer a viagem.
5. Agência ou compra direta?
Saiba que quando a agência de viagens busca e compra hotel, vôos e bilhetes de trem, dentre outros itens, ela realiza um trabalho, e cobrará por isso. Sendo assim, você pode optar por gastar um pouco menos e ter o trabalho de fazer você mesmo ou optar pela comodidade de selecionar alguém para fazer isto por você, no caso da agência, que também oferece mais garantia em caso de problemas.
Vale lembrar que algumas categorias de cartão de crédito como Platinum, Infinity e Black geralmente disponibilizam aos usuários o serviço de concierge (assistente pessoal), que fará todo este trabalho para você sem te cobrar nada!
6. Há minímo e máximo de dinheiro por lei.
Cada país tem sua regra, por isso é importante sempre pesquisar informações de entrada no site do consulado ou da embaixada do país que você pretende visitar.
Lembre-se que atualmente, na maior parte das vezes, você pode levar a quantia em espécie apenas um recurso de emergência, já que as principais despesas geralmente são pagas antecipadamente (hospedagem e transporte), além de que as despesas correntes você pode arcar com formas de pagamentos mais seguras tais como travel money, cartão de débito ou crédito.
Importante também se atentar para a quantidade máxima de dinheiro em espécie que você pode sair e entrar num país sem declarar. No Brasil, por exemplo, se você possuir recursos em espécie, em moeda nacional ou estrangeira, em montante superior a R$ 10.000 e estiver saindo do Brasil, é obrigado a apresentar Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (e-DBV).
Outra dica é, se possível, antes de embarcar, já separe quanto vai gastar por dia durante a viagem. Assim você evita ficar sem dinheiro nos últimos dias, algo que acontece com a maioria dos viajantes que gastam demais quando chegam ao destino, devido ao excesso de ansiedade.