Quando se trata de casamento, muitos gays e lésbicas querem apenas entrar no cartório e sair com o registro da união. Outros, no entanto, têm vontade de promover cerimônia para amigos e parentes de forma a marcar a nova fase da vida de ambos. A novidade é que os casais de BH podem contar com ajuda profissional nessa tarefa.
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Idealizada e gerenciada por Elismar Marcelino, a In Par Cerimonial nasceu no início de abril com objetivo de facilitar a organização de cerimônias para os pombinhos arco-íris que queiram se casar.
"Visamos a lacuna aberta na cidade e decidimos pioneiramente ocupá-la", conta Elismar ao Guia Gay BH, que considera o público homossexual mais exigente e detalhista que o hétero. "A ideia é oferecer assessoria e atendimento personalizado para realizar os sonhos em uma celebração especial que ultrapassa a simples troca de terminologias civis, e pode ser vista também como uma atitude política."
E como funciona o processo? Elismar explica: "Nosso trabalho se inicia com entrevista com os noivos com objetivo de identificar perfil, estilo e desejos para a realização do evento. Conhecendo-os, nós interpretamos, dentro da mesma linha de raciocínio, as ideias do casal."
O empresário conta que sua função é poupar trabalho e preocupação do casal durante o processo. Para tal, há no mínimo três opções de cerimônia dentro de cada categoria de fornecedores. "Indicamos profissionais que se enquadram no perfil e orçamento dos noivos."
O casal é responsável pela contratação de serviços dos profissionais - DJ, fotógrafo, decoração, comida etc - sugeridos pela In Par, que depois analisa os contratos. O cerimonial também confirma a presença de convidados e auxilia no dia do enlace, acompanhando a montagem e a desmontagem da estrutura, verificando pendência e fica disponível para cobrar eventuais atrasos na entrega de serviços e até para oferecer soluções.
Mineiro e homossexual, Elismar (também conhecido como Bobby) é militante e coordenador regional na cidade do grupo baiano Famílias pela Diversidade. Ele também participou da campanha #semmoldura idealizada pelo Centro Universitário UNA em 2016 com foco na inclusão de LGBT no meio acadêmico.