A empresa farmacêutica ViiV Healthcare recebeu autorização para produzir na Europa o Rukobia, nome fantasia do fostemsavir, mais uma opção de tratamento do HIV.
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O fostemsavir foi desenvolvido pensando em pessoas com HIV que são resistentes a outros medicamentos.
Há várias opções de tratamento, mas uma pequena parcela de soropositivos desenvolve resistência a outras drogas - ou não toleram efeitos colaterais delas - e, por isso, podem apresentar sintomas da aids e morrerem.
No organismo, o fostemsavir libera o temsavir que se liga à glicoproteína 120 na superfície do vírus, bloqueando o HIV de se ligar às células CD4 do sistema imunológico, impedindo-o de infectá-las e de se multiplicar. Este mecanismo da droga é único até agora.
O fostemsavir não apresentou resistência cruzada a outras drogas e seu efeitos colaterais mais comuns foram diarreia (24%), cefaleia (17%), náusea (15%), erupção cutânea (12%), dor abdominal (12%) e vômitos (11%).
O estudo chamado Brighte foi feito com 371 adultos soropositivos. No primeiro grupo, pacientes que apresentavam resistência a uma ou duas classes de antirretrovirais.. Ao fim de 24 semanas, 53% deles estavam com carga viral indetectável.
No segundo grupo, pacientes que não tinham nenhuma opção de droga, muitos já bastante debilitados e com aids. Após seis meses, 37% estavam com o vírus controlado, indetectável.
CEO da empresa, voltada a medicamentos contra o HIV, Deborah Waterhouse, disse: "Houve grandes avanços no cenário do tratamento do HIV nas últimas décadas, no entanto, ainda permanece um pequeno subconjunto de pessoas vivendo com HIV resistente a múltiplos medicamentos que estão em risco de ter o progresso da doença."
"A autorização de introdução no mercado para o fostemsavir representa um marco significativo, pois aborda uma necessidade crítica não atendida no tratamento do HIV para aqueles com poucas ou nenhuma opção de tratamento. Na ViiV Healthcare, por meio de nossa pesquisa e desenvolvimento pioneiros, pretendemos atender às diversas necessidades da comunidade HIV. Não pararemos até que nossa pesquisa ofereça mais maneiras de tratar e, com sorte, um dia, curar o HIV. "