O Brasil começa 2023 como segundo país com maior número de casos registrados e também de mortes por varíola dos macacos.
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no último dia 2, mostra que entre 1º de janeiro de 2022 e 2 de janeiro de 2023 nosso país acumulou 10.498 casos da doença e 14 mortes.
Outros 902 casos prováveis estão associados ao Brasil. É a nação com o maior número de casos sem confirmação - para efeito de comparação, o México, em segundo nesta lista, tem 402 casos sem diagnóstico conclusivo.
No mundo, durante um ano e um dia foram registrados 83.974 casos e 75 mortes. Os Estados Unidos lideram ambas as estatísticas, com 29.603 casos e 20 óbitos.
A região das Américas continua apontada como de risco "alto" para o vírus. Nas últimas quatro semanas, 84,2% dos casos vieram de um país deste continente.
Os gráficos demonstram que o auge da epidemia - até o momento - foi entre junho e agosto em países como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido; entre agosto e setembro nos Estados Unidos, Brasil e Peru; e entre setembro e outubro na Colômbia.
Preocupa a situação do México. O país já teve números altos também em setembro e outubro (mais de 300 casos por semana), e registrou mais de 100 infecções pelo vírus na última semana.
Perfil dos infectados e sintomas
A maioria dos casos (96,6%) é dentre homens e a média de idade é de 34 anos. A faixa entre 18 e 44 anos compreende 79,2% de todas as infecções neste grupo.
Com exceção de países que ficam no oeste e no centro da África, em todos os demais a maior parte do contágio se dá entre homens gays ou bissexuais.
Dentre os 3,4% de casos registrados em mulheres, 88% delas se disseram heterossexuais.
Ao todo, dentre todos os diagnosticados no período, 84,4% se identificaram como gays ou bissexuais, 48% eram portadores do vírus HIV; 4,3% eram profissionais de saúde; 14,3% tinham histórico de viagem recente; 7,3% precisaram ser hospitalizados; 0,3% foram para UTI; e 0,1% morreram.
Os sintomas mais comuns foram erupções na pele (79,1%), febre (57%), erupções sistêmicas (49,7%), erupções nos genitais (44,6%) e dor de cabeça (31,4%).
No final de novembro, a OMS determinou que o nome em inglês para a doença - monkeypox - será mudado para mpox. As duas palavras continuarão a ser usadas por um ano até que mpox passe a ser o único termo aceito.