A cura do HIV parece estar bem próxima e pode sair do Brasil.
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Pesquisadores ligados à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram um estudo sobre o assunto durante congresso da Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Hepatologia nesta semana na capital paulista.
A pesquisa começou a ser feita há seis anos com 30 voluntários soropositivos e com carga viral indetectável e que já faziam tratamento com três tipos de antirretrovirais. Eles foram divididos em seis subgrupos e cada um recebeu uma combinação diferente de medicamentos.
Segundo o infectologista Ricardo Diaz, que liderou o estudo, os voluntários que apresentaram redução significativa do número de células contaminadas pelo HIV foram os que tomaram, além dos três antirretrovirais que já usavam, outros dois: dolutegravir e maraviroc.
Além disso, eles receberam duas substâncias: nicotinamida, uma vitamina capaz de reverter a capacidade do HIV de se esconder nas células; e a auranofina, conhecida como sal de ouro, capaz de encontrar a célula infectada com o HIV e levá-la ao suicídio.
Acha que acabou? Não. Como restaram ainda algumas células infectadas após a ingestão dos cinco medicamentos e das duas substâncias, foi preciso submeter os voluntários ainda a uma vacina feita com o vírus e as células do próprio paciente.
A vacina consegue ensinar o organismo a encontrar as células infectadas e destruir cada uma delas - e desta forma, eliminar completamente o vírus HIV do organismo. O resultado final deve sair em dois meses e será apresentado no Congresso Mundial de Aids que acontece em julho, na Holanda.