Experimento em porcos pode curar disfunção erétil em homens

Em pesquisa, médicos chineses introduziram tecido de hidrogel que teve boa aceitação no corpo

Publicado em 05/01/2023
Disfunção erétil: pesquisa em porcos pode ajudar no tratamento
Até 70% de homens com mais de 40 anos podem sofrer de disfunção erétil

Um experimento bem sucedido em porcos pode ser nova técnica para ajudar a curar a disfunção erétil em homens.

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Cientistas chineses publicaram na quarta-feira 4, na revista Matter, resultados de uma pesquisa realizada em animais.

Os pesquisadores introduziram no corpo dos porcos um tecido sintético feito de hidrogel e à base de álcool polivinílico que imita a elasticidade do tecido natural do corpo.

Foram tratados porcos que possuíam lesões na túnica albugínea - espécie de cápsula que envolve os testículos e é diretamente responsável por manter a ereção.

Estima-se que 50% dos homens de 40 a 70 anos têm algum tipo de disfunção erétil e que 5% sofram da doença de Peyronie - condição causada por lesões durante o ato sexual que resulta em uma fibrose na membrana do pênis causando dor e a curvatura do órgão sexual.

Até hoje, um dos procedimentos para curar a doença é o transplante que utiliza tecidos do próprio corpo do paciente. No entanto, muitas vezes, o sistema imunológico do homem rejeita esse transplante.

Os cientistas, então, substituíram, nesta pesquisa, parte do corpo do paciente por este tecido de hidrogel.

"Ficamos surpresos com os resultados dos experimentos com animais, em que o pênis recuperou uma ereção normal imediatamente depois de usar o tecido sintético", disse Xuetao Shi, pesquisador da Universidade de Tecnologia do Sul da China, em Cantão.

Um mês depois do procedimento os resultados continuaram positivos.

"A próxima etapa será considerar a reparação do defeito geral do pênis ou a construção de um pênis artificial de uma perspectiva holística”, explicou o cientista.

Segundo ele, as descobertas "parecem promissoras para reparar as lesões do pênis em humanos" e esse processo pode se estender para criar outros tecidos no futuro, por exemplo, para órgãos como o coração e a bexiga.


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