Um dos maiores avanços recentes para o combate ao HIV, a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é exclusividade do Brasil quando o critério é a gratuidade no sistema público de saúde na América Latina.
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Agência da ONU para a questão do HIV, a Unaids mostra que o Brasil é exemplo único em meio a países que não possuem qualquer ação para difundir o uso de PrEP ou que possuem ofertas diferente do tratamento.
À nossa reportagem, a agência informou que em países tais como Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Haiti, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, a PrEP está disponível por meio de "clínicas privadas, internet, organizações não governamentais e estudos-piloto".
Em alguns países da região sequer há sistema público de saúde, como ocorre na Colômbia.
A Organização Mundial de Saúde, ativistas e profissionais de saúde defendem o uso de PrEP como forma de enfrentar a epidemia de HIV.
De forma geral, apenas pessoas em grupos de maior vulnerabilidade ao vírus, tais como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e profissionais do sexo em geral têm indicação para uso desse método.
A profilaxia consiste na ingestão diária da combinação de dois medicamentos - emtricitabina e tenofovir - que são antirretrovirais usados por quem já tem HIV. A eficácia da PrEP é de cerca de 99%.
Há pesquisas que indicam tomar o medicamento apenas dias antes e depois do sexo, mas essa posologia não é adotada no Brasil.
A forma injetável do tratamento e com apenas uma dose a cada dois meses, por exemplo, é alternativa já vislumbrada pela ciência.
De acordo com o Ministério da Saúde, até setembro deste ano 14.252 pessoas já tomaram a PrEP no País.