O número de novos casos de HIV aumentou em 8% em 2015 e 60% na última década na Europa, segundo o relatório anual do Centro Europeu de Controle de Doenças e da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa.
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A maior responsável por esse crescimento todo foi a Rússia. A nação de Vladimir Putin respondia em 2014 por 60% dos novos casos de HIV no continente. Em 2015, subiu para 64% (ou quase dois terços) de todos os casos, segundo o Aidsmap.
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Os 98.177 diagnósticos do vírus no ano passado na Rússia representam um diagnóstico para cada 1.493 russos. Para se ter ideia do quão grande é a penetração do vírus no país, basta saber que no restante do continente foram 55.230 novos registros de HIV em 2015, o que significa um diagnóstico positivo para cada 13.157 pessoas da região.
O número de novos casos de HIV no país aumentou 15% em um ano; 57% desde 2010 e 133% desde 2006. A Rússia admite ter ao menos 1 milhão de soropositivos, o que representa 0,8% de sua população. Se os novos casos continuarem surgindo na proporção atual, nos próximos 12 anos o percentual dobrará: será de 1,6% de infectados em relação ao total de habitantes.
Mais da metade das infecções por HIV na Rússia - 58% - são por uso de drogas. A transmissão por sexo entre homens é de apenas 1,5%. Já no Reino Unido, por exemplo, onde as novas infecções tiveram ligeira queda, dos 6.095 diagnósticos em 2015, 54% foram por sexo entre gays ou homens bissexuais.
Na Europa Ocidental e Central, a epidemia está cada vez mais concentrada nos homens que fazem sexo com homens. Nos últimos dez anos, a proporção de infecções por sexo hétero na Europa Ocidental diminuiu 41% e por drogas injetáveis, 48%. Já os novos casos por sexo entre homens subiram 7%.
Em todo o continente (excluindo a Rússia), os principais motivos por infeccção são sexo heterossexual (46%), sexo entre homens (26%) e drogas injetáveis (13%).